* Maíra
Saporetti Carvalho
*Julia Nascimento C. Casali
* Tatiana
Aparecida Oliveira
O ser humano, desde tempos
remotos utiliza-se da natureza para atender às suas necessidades básicas de
sobrevivência. No início só retiravam o essencial, mas a partir do momento que
observaram que podiam usufruir mais da natureza, começaram a se agrupar e
explorá-la em benefício próprio.
A partir daí perceberam que
podiam dominar uns aos outros, dando início à dominação no mundo. De várias maneiras:
império, feudalismo, burguesia, etc. Todos se traduzem a poucos dominando e
impondo hábitos e costumes a uma maioria que se submete por variados fatores, principalmente
através da educação, que é a maneira mais eficaz de se introjetar valores e
ideias.
Foi
com a Revolução Industrial e o aumento da população mundial, que a destruição
da natureza se intensificou devido à inserção de máquinas que ocasionou a
produção em série e assim o consumismo, causando uma retirada exacerbada de
matéria-prima da natureza, a destruição de grandes áreas de matas nativas para
exploração de atividade agropecuária, assim como emitiram uma grande quantidade
de resíduos no meio ambiente. A classe dominante, só queria ter mais e mais, não
pensando que estavam destruindo seu próprio lar.
Só
se começou a pensar em crise ambiental na segunda metade do século XX. Quando
eclodiram no mundo várias manifestações, como a liberação feminina e a
instituição de governos autoritários em resposta às exigências de organização
democrática dos povos em busca de seus direitos.
Os
primeiros sinais da conscientização foram observados a partir de referenciais
que uniram propostas de sustentabilidade ambiental, social e de desenvolvimento.
Pela primeira vez, viu-se a necessidade de regulamentar a produção industrial
de modo a preservar o meio ambiente.
Mesmo
sabendo que a exploração de forma inadequada, traz impactos ao mundo, não se
tem tido muitas ações um prol disso. Foram criadas leis e também se
introduziu nos
sistemas educacionais, disciplinas voltadas para a preservação do meio
ambiente. No Brasil, temos os Parâmetros Curriculares Nacionais, que são referências para os
Ensinos Fundamental e Médio de todo o país. O objetivo dos PCN’s é garantir a
todas as crianças e jovens brasileiros, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos
reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. A proposta dos
PCN’s tem por objetivo que a escola ofereça meios efetivos para que o aluno
compreenda os fatos naturais e humanos a esse respeito, desenvolva suas
potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais que lhe
permitam viver numa relação construtiva consigo mesmo e com seu ambiente, colaborando
para que a sociedade seja ambientalmente sustentável e socialmente justa; preservando
todas as manifestações de vida no planeta; e garantindo as condições para que
ela prospere em toda sua força, abundância e diversidade.
Com base nisso, a escola precisa
atentar para a sensibilização do indivíduo com o intuito de desenvolver uma
consciência ambiental. É preciso que o educador esteja disposto a se capacitar
para tal feito e também mudar a sua concepção de mundo, a escola deve estar
aliada a comunidade e também a política. Para um planeta justo e igualitário, é
preciso conviver e não dominar.
Segundo Tristão (2002:173-181)
existem quatros desafios da educação ambiental, que estão interligados ao papel
do educador contemporâneo. O primeiro é o de “enfrentar as multiplicidades de
visões” e isto implica na preparação do educador para fazer as conexões e
articular os processos cognitivos com os contextos da vida. O segundo desafio é
o de “superar a visão de especialista”, o caminho é a ruptura com as práticas disciplinares.
O terceiro é “superar a pedagogia das certezas”, para isso é necessária a
formação de um “professor reflexivo” que compreende a modernidade e os “riscos
produzidos” e seu potencial de reprodução, desenvolvendo no espaço pedagógico
uma sensibilização em torno da complexidade da sociedade contemporânea. O
último é de “superar a lógica da exclusão”, soma ao desafio da sustentabilidade
a necessidade da superação das desigualdades sociais.
O desafio político da sustentabilidade,
apoiado no poder de transformação das relações sociais, está vinculado ao
fortalecimento da democracia e da construção da cidadania ambiental. Então, o
papel dos educadores é essencial para impulsionar as transformações que assumem
um compromisso com a formação de valores sustentáveis. A educação para a
cidadania ambiental necessita de propostas pedagógicas centradas na conscientização,
mudança de atitude e comportamento, capacidade de avaliação e participação dos educandos,
é preciso repensar as práticas sociais.
Dessa forma, aprender a respeitar o outro, a
se respeitar e respeitar tudo ao seu redor são a base para uma educação
ambiental crítica e emancipatória, que é um desafio para os educadores, mas é
um processo que é de extrema importância para um mundo mais justo e saudável, assim
poderemos ter no futuro uma relação mais harmônica entre homem e a natureza.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
JACOBI,
Pedro. Educar para
a sustentabilidade :complexidade, reflexividade, desafios .
Site: www.ufmt.br/gpea/pub/jacobi_art.rev.fe-2005.abril%202005.pdf
LAYRARGUES
,Philippe Pomier. Muito Prazer sou a Educação Ambiental, seu novo objeto de estudo sociológico. Site:www.anppas.org.br/.../Philippe%20Pomier%20Layrargues.pdf
Parâmetros
Curriculares Nacionais- Meio Ambiente Site:http://www.portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/meioambiente.pdf
GUTIERREZ,Francisco e PRADO,Cruz. Ecopedagogia e Cidadania Planetária.
São Paulo: Cortez,1999
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