sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Quando me amei de verdade...





"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.E então, pude relaxar.Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.Hoje sei que isso é...Autenticidade.Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.Hoje chamo isso de... Amadurecimento.Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.Hoje sei que o nome disso é... Respeito.Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.Hoje sei que se chama... Amor-próprio.Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.Hoje sei que isso é... Simplicidade.Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.Hoje descobri a... Humildade.Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.Tudo isso é... Saber viver!!!"
Charles Chaplin

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Reflexões sobre a arte (Alfredo Bosi)


* A arte é um fazer

       A arte tem representado, desde a Pré-História, uma atividade fundamental do ser humano. Ao produzir objetos e suscitar, estados psíquicos no receptor,mas ela não esgosta o seu sentido aí, também nos leva a sondar o ser da arte enquanto modo específico de os homens entrarem em relação com o universo e consigo mesmos.
Há três momentos decisivos no processo artístico que ppodem acontecer simultaneamente: o fazer, o conhecer e o exprimir
      É um conjunto de atos pelos quais se muda a forma, se transforma a matéria oferecida pela natureza e pela cultura. Nesse sentido, qualquer atividade humana, desde que conduzida regularmente a um fim, pode chamar-se artística. A arte é uma prodção; logo supõe trabalho.Movimento que arranca o ser do não ser, a forma do amorfo, o ato da potência, o cosmos do acos.
      A palavra latina ars, matriz do português arte, está na raiz do verbo articular, que denota a ação de fazer união entre as partes de um todo. Porque eram operações estruturantes, podiam receber o mesmo nome de arte não só as atividades que visavam comover a alma (música, a poesia, o teatro), quanto os ofícios de artesanato (a cerâmica, a tecelagem, etc), que aliavam o útil ao belo. A distinção entre as primeiras e os últimos, que se impôs durante o Império Romano, tinha um claro sentido econômico-social. As artes liberales eram exercidas por homens livres; já os ofícis, artes serviles, relegavam-se a gente de condição humilde. Até hoje mantêm-se a milenar oposição entre o trabalho intelectual e o trabalho manual.
      O pensamento moderno, recusa não raro, o critério hierárquico dessa classificação. O exercício intenso da criação demonstra, ao contrário, que existe uma atração fecunda entre a capacidade de formar e a perícia artesanal. Trabalha-se em conjunto a mão, o olho e o cérebro.
      Gramsci adverte, no mais humilde dos trabalhadores manuais, há uma vida intelectual, às vezes atenta e aguda, do dobrando e plasmando a matéria em busca de novas formas, ainda que, no jogo social, não receba o grau de reconhecimento prestado ao artista.
       Platão viu luminosamente a conexão que existe entre as práticas ou técnicas e a metamorfose da realidade:
    "Sabes que o conceito de criação (poiesis) é muito amplo, já que seguramente tudo aqulo que é causa de que algo (seja o que for) passe do nãos er ao ser é criação, de sorte que todas as atividades que entram na esfera de todas as artes são criações; e os artesãos destas são criadores ou poetas ( poietés)" (Banquete, 205 B8)

Resumo feito por Maíra Saporetti Carvalho.