Maíra Saporetti Cavalho
A
infância é uma fase da vida em que mente e corpo estão abertos a todo
tipo de aprendizado, a criança é mais sensível as sensações e emoções.
Nesse aprendizado a arte como atividade atravessada de um fazer
pedagógico, possibilita um trabalho significativo de valorização da
cultura popular brasileira por meio de ações voltadas para a criança,
nas quais as brincadeiras de roda e de dança, com contação de histórias
tradicionais e confecção de instrumentos torna possível avivar nas
crianças significados e possibilidades das coisas simples, “em oposição
as relações que estabelecem mediadas pela lógica e pela interferência do
mercado de consumo.” (PELIZZONI, 2007, p.08)
Esse
mercado de consumo que implanta uma cultura universal, que é a dele,
destruindo os mecanismos sociais que relacionam as experiências pessoais
atuais com as gerações passadas, caindo essas tradições populares no
esquecimento. Assim a escola deve reconhecer isto como algo legítimo e
trabalhar ao longo de sua jornada com toda essa cultura e não somente
nas datas comemorativas do calendário, mas no decorrer do tempo. Pois
com a globalização se a escola não se preocupar com este patrimônio
histórico, às vezes a criança não a conhecerá em outro ambiente e se sim
muito superficialmente, fadando essa cultura temporalmente à
desmemória, como por exemplo, os folguedos: bumba-meu-boi, congada, dança do coco, siriri, entre outras.
Esse
resgate das tradições de nosso país, pode acontecer desde a educação
infantil baseado na compreensão e no respeito do ser criança, um meio
para isso é nas brincadeiras de roda com as cantigas populares, contos
tradicionais e danças típicas, aonde dentro de tudo isso se diz muito
sobre a vida daquele povo, seu tempo, suas histórias e seus costumes.
Nessas brincadeiras a criança vivencia e experiencia aquela cultura de
uma forma lúdica e prazerosa.
Assim
cabe a professor e a o conjunto escolar mediar esse conhecimento a
criança, a fim da criança ir aos poucos se apropriando dessa cultura que
é intrínseca a história brasileira como um todo, trazendo para si como
parte inerente dela .
Portanto,
o professor tem a oportunidade de ressignificar o seu trabalho com as
rodas e danças a fim de proporcionar a criança experiências de seus
antepassados, para que possamos conservar este bem imaterial tão bonito e
precioso, que é a identidade de nosso povo.
Referência Biliográfica:
PELIZZONI, Marques Gisela.Jogando as cinco pedrinhas:história,memória,cultura popular,infância e escola. 2007.Dissertação de Mestrado/UFJF
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