Fonte: http://viladasartesfortaleza.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html |
Maíra Saporetti Carvalho
Sabemos
como é grande a diversidade cultural que se expressa em danças, músicas,
brincadeiras, jogos, teatro, etc., ou seja, nas mais diferentes formas de
existência e expressão do corpo e da memória.
É
com o corpo que a criança estabelece contato com o mundo ao seu redor, buscando
contato e comunicação de diferentes formas e com palavras, toques e olhares.
Esses contatos produzem marcas e experiências que s e tornam parte da história
do indivíduo. A fala é um tipo de expressão do corpo, que possui uma forte
função social, porém, é preciso cuidado para que, ao valorizá-la, não percamos
de vista as outras linguagens corporais e sonoras, que são recursos expressivos
que comunicam produzindo significados e contatos. Muitas vezes, as palavras não
dão conta de expressar a intensidade dos nossos sentidos e afetos e são
enriquecidas pela expressão facial e corporal.
A
criança brinca com o corpo e com o meio, é uma linguagem própria. Em cada
linguagem corporal gerada na brincadeira, há um mundo de sentidos a serem
interpretados e toda brincadeira tem seu som, seu ritmo, seus movimentos, seus
gestos.
Quando
brinca, a criança expande o movimento, o corpo e as linguagens, tocando no que
há por dentro e por fora de si. No meio de tantas brincadeiras, temos a música,
a dança e o teatro. A música é uma linguagem universal. O som produz sensações
que reproduzem lembranças, imagens e nos envolvem. Provocar situações em que o
corpo possa ser capturado por diferentes ritmos é muito importante. A dança
acompanha a música como forma de expressão. A dramatização também é outro campo
em que o corpo é essencial. O compromisso é com o envolvimento de cada
imaginário, materializado no corpo. É no campo expressivo, que conjuga real e
imaginário.
Portanto,
a música, a dança, o teatro e outras manifestações culturais constituem ricas
formas de experimentação do mundo, de compartilhamento corporal de
conhecimentos, memórias, valores, conceitos e preconceitos. Ao experimentar e
se apropriar do mundo, fazemos parte de sua história, nos tornamos sujeitos,
podemos desconstruir discursos e construir novos até então inimagináveis.
Há
milhares de possibilidades de se trabalhar com essas linguagens, o nosso
desafio é trazer os diferentes ritmos e estilos musicais para o cotidiano das
crianças.
Referência Bibliográfica:
LOPES, Karina Rizek.
MENDES, Roseana Pereira. FARIA, Vitória Líbia Barreto de. (orgs.) Coleção
Proinfantil- Módulo IV. Brasília, 2006- MEC/ Sistema de Educação
Básica/Sistema de Educação a Distância.
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